Camilla Almeida, fisioterapeuta formada em 2020, sempre teve interesse em unir tecnologia e saúde para melhorar a vida dos pacientes. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), feito em 2019, ela criou um projeto diferente que une exercícios tradicionais de fisioterapia com jogos virtuais.
Desse projeto nasceu o jogo TheraWorld: Soul Adventures, feito para ajudar na reabilitação de pessoas com Doença de Parkinson. A ideia surgiu ao comparar o tratamento comum com o uso da realidade virtual, mostrando que os jogos podem ser uma ferramenta muito útil nesse processo. “Esse projeto mostrou que os pacientes ficam mais motivados e participativos durante o tratamento. Também percebemos que os jogos ajudam tanto o corpo quanto a mente, além de diminuir o estresse e melhorar o bem-estar emocional. E ainda é possível adaptar o tratamento e acompanhar o progresso com mais precisão”, explica Camilla.
O TheraWorld: Soul Adventures oferece cenários como trilhas de bicicleta, fazendas e praias. Nesses ambientes, os pacientes fazem atividades que misturam movimentos físicos e estímulos mentais. O game inclui: atividades como pedalar, caminhar, colher, plantar e movimentos inspirados no yoga, desafios para exercitar a atenção, memória, raciocínio lógico e tomada de decisões, níveis de dificuldade ajustáveis e retorno imediato sobre o desempenho e possibilidade de personalizar o ambiente e registrar o progresso do paciente.
O jogo é usado com óculos de realidade virtual e sensores de movimento, permitindo que os pacientes se movimentem e se exercitem de forma divertida, mesmo com as limitações da doença.
“O objetivo sempre foi tornar o tratamento mais humano, motivador e eficiente, juntando a tecnologia com o cuidado em saúde”, diz Camilla. Ela conta que a ideia surgiu da vontade de tornar a reabilitação mais atrativa, ajudando na melhora física, mental e emocional, algo muito importante para quem convive com doenças crônicas como o Parkinson.
No início, o TheraWorld: Soul Adventures foi testado com amigos e familiares, para entender como as pessoas usavam e reagiam à proposta.
Camilla também é especialista em biologia molecular, genética e biotecnologia, além de ter MBA em gestão hospitalar. A fisioterapeuta acredita que juntar diferentes áreas do conhecimento é essencial para criar novas formas de cuidar das pessoas. Suas experiências, como a vivência em hospitais e o impacto da pandemia, a inspiraram a buscar soluções criativas e acessíveis para melhorar a vida de quem precisa.






