• Novo álbum de Alaíde Costa é o disco do mês para assinantes do clube de vinis
  • Segundo disco da trilogia é fruto de parceria com Emicida, Pupillo e Marcus Preto

O recém-lançado “E o tempo agora quer voar” de Alaíde Costa é o disco do mês para assinantes da Três Selos. Segundo álbum do ícone da música brasileira produzido por Emicida, Pupillo e Marcus Preto tem canções de Marisa Monte, Caetano Veloso, Rubel, Nando Reis, Carlinhos Brown e Rashid compostas especialmente para a artista. Há ainda a colaboração da amiga de décadas Claudette Soares dividindo os vocais na faixa Suave Embarcação.

Rafael Cortes, A&R da Três Selos comenta que “o talento de Alaíde Costa, aliado ao tratamento dado pelos produtores Marcus Preto, Emicida e Pupillo, colocam uma das maiores cantoras da história da música brasileira onde ela precisa estar. A qualidade do disco “E o tempo agora quer voar” muito cuidadosamente lapidado nos seus arranjos e composições, fazem Alaíde flutuar em seu próprio tempo, como uma das mais contemporâneas cantoras na plenitude de seus 88 anos”.

Lançado no dia 7 de setembro, a bolacha chega ao público em vinil preto de 180 g, capa gatefold de luxo acompanhada de um livreto especial com pesquisa do jornalista e crítico musical Leonardo Lichote, que faz uma imersão não apenas no disco, mas na trajetória discográfica de Alaíde.

“O disco é de uma delicadeza profunda, que se expande da voz de Alaíde na direção de todas as etapas da produção. Desde a composição das melodias e a escolha das palavras das letras até os arranjos, tudo está a serviço do canto de Alaíde. Conversei com todos os compositores, letristas, arranjadores, produtores – e todos são totalmente reverentes à Alaíde, contam que pensaram nela, na alegria de trabalhar em favor de seu canto, mirando nele. No material em texto que preparei pro disco, conto detalhadamente como isso se deu em cada faixa e no processo como um todo. É um mergulho que, quero crer, ajuda o ouvinte a ir ainda mais fundo na audição e compreensão da beleza que está ali”, adianta o jornalista.

“E o tempo agora quer voar” chegou aos streamings no último mês de julho e é uma celebração à grande carreira de Alaíde. Com oito faixas, o álbum é um comentário a respeito do Tempo. Aquele deus que tudo cura. O que não espera, o que é implacável, o que traz as rugas e forma os calos. O mesmo deus que construiu, junto com a cantora e compositora carioca, década por década e canção por canção, uma carreira ativa de setenta anos – e contando. Mas que também decidiu que todas as glórias dessa árdua caminhada seriam dadas tardiamente à artista. Em dezembro, Alaíde Costa completa 89 anos de vida. E só agora, nos dois últimos anos, ela vive, como diz, “o auge da carreira”, “o melhor momento”, “o reconhecimento”.

É o segundo volume de uma trilogia iniciada em 2022 com o premiado O que meus Calos Dizem Sobre Mim. Tanto quanto no álbum anterior, o novo trabalho traz músicas criadas especialmente para a voz tão pessoal da cantora – desta vez, escritas por nomes como Caetano Veloso, Marisa Monte, Nando Reis, Rubel, Carlinhos Brown, Rashid e Ronaldo Bastos, entre outros. Produzido mais uma vez pelo trio Marcus Preto, Pupillo e Emicida, E o Tempo Agora Quer Voar conta também com a participação especial da cantora Claudette Soares, amiga de Alaíde Costa há mais de 60 anos, em uma das faixas.

O título do álbum tem duplo sentido. No primeiro, o tempo que quer voar é aquele que só agora, quando a cantora completa sete décadas de carreira, decidiu começar a correr depressa, concentrando as conquistas de toda uma vida em menos de dois anos: as validações, os prêmios, o calor de um público crescente, possibilidades internacionais etc. O segundo sentido trata de um choque de tempos: de um lado, a vertiginosa pressa dos nossos dias, em que a música tem que durar um minuto para viralizar nas redes sociais e afins; do outro, o andamento interno de Alaíde Costa, sempre suave e delicado. Em estúdio, os produtores logo perceberam que esse era um ponto sólido e inabalável, como se a artista determinasse: “O tempo agora quer voar, mas eu sou dona do meu próprio tempo”.

Sob a direção artística de Emicida e Marcus Preto, Alaíde contou com a produção musical de Pupillo Oliveira e a  banda formada por Fábio Sá no contrabaixo acústico, Léo Mendes no violão de sete cordas, o próprio Pupillo na bateria mais sopros orquestrados por Antonio Neves e Antonio Albino. É a mesma do disco antecessor, O que meus calos dizem sobre mim (2022).

A emoção e a voz marcante de Alaíde chegam para os assinantes e em cópias limitadas avulsas no site tresselos.com.

Tracklist

Lado A
A1 – “Foi Só Porque Você Não Quis” (Caetano Veloso/ Emicida)
A2 – “Meus Sapatos” (Gilson Peranzzetta/ Rashid/ Emicida)
A3 – “Ata-me” (Junio Barreto)
A4 – “Suave Embarcação” (Alaíde Costa/ Nando Reis) – com Claudette Soares

Lado B
B1 – “Bilhetinho” (Rubel/ Luz Ribeiro/ Emicida)
B2 – “Além de uma Palavra” (Zé Renato/ Cristóvão Bastos/ Clara Delgado)
B3 – “Moço” (Marisa Monte/ Carlinhos Brown)
B4 – “Bem Belém” (Zé Manoel/ Leonel Pereda/ Ronaldo Bastos)

FICHA TÉCNICA
E o Tempo Agora Quer Voar
Produzido por Marcus Preto, Pupillo e Emicida
Bateria e percussões: Pupillo
Contrabaixo acústico: Fábio Sá
Violão de sete cordas: Léo Mendes
Arranjos de sopros: Henrique Albino e Antonio Neves
Arranjo de cordas (“Moço”): Antonio Neves
Gravado por Thiago “Big” Rabello no estúdio Dá Pá Virada (SP) entre 2022 e 2024
Assistente de gravação: Victor Nery
Mixagem e masterização: Carlos Trilha

+ Três Selos

O projeto Três Selos reuniu, em 2018, os selos Assustado Discos, EAEO Records e Goma Gringa, com o objetivo de lançar um disco de vinil por mês, no ano de 2019. Criamos a Assinatura Três Selos, um sistema de fidelização que lançou uma coleção de doze títulos no decorrer do ano, mais a Três Selos Paralelo para abraçar projetos especiais.

Mensalmente, os assinantes recebem um grande título da música brasileira em versão de luxo, entre clássicos raros e consagrados até novos títulos. Assim, chegam para os assinantes em versões de vinil de 180g colorido, acompanhado de capa de gatefold rígido e material de pesquisa feito por um especialista revelando seu olhar sobre o artista e obra enviado.

Em 2024, a Três Selos apresentou títulos como Bagaceira (Dona Onete, 2024), Dança do Tempo (Maestro Ubirajara Marques, 2023), Por Pouco (Mundo Livre S/A, 2000), entre outros títulos.

Fotos – Daryan Dornelles

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