Por Ildefonso Camargo Júnior, economista e sócio-proprietário da Valorimex
O acesso ao crédito é um dos principais motores do desenvolvimento econômico, especialmente em uma economia regional dinâmica como a de Goiás. De acordo com dados do Sebrae, em 2024, nosso estado já contava com mais de 850 mil empresas ativas. Nesse contexto de competitividade, a contratação de linhas de crédito pode ser a virada de chave para pequenos e médios empresários, que enfrentam desafios diários para manter seus negócios sustentáveis e atrativos ao consumidor ou investidor, ao proporcionar capital para investimento, expansão e manutenção das operações do negócio.
Em geral, as linhas de crédito são estruturadas para atender diferentes necessidades das empresas, alcançando desde quem procura investir no negócio (com aquisição de bens essenciais, como máquinas e equipamentos, reformas ou expansão física) até quem busca auxílio no pagamento de despesas diárias, como na compra de matéria-prima e insumos. São formas de oferecer um tipo de suporte financeiro que pode ser o elemento fundamental para o crescimento de um negócio.
Em Goiás, setores estratégicos da economia se beneficiam amplamente do acesso ao crédito. O agronegócio, por exemplo, tem ciclos produtivos bem definidos e necessita de financiamento adequado para custear suas operações em diferentes fases do processo. Já o comércio, por sua vez, é um dos que mais demandam crédito para capital de giro, garantindo que os empresários consigam manter estoques e honrar compromissos financeiros, sem arriscar o patrimônio da empresa. Já as indústrias precisam de um equilíbrio entre investimento fixo e giro para garantir competitividade no mercado.
Apesar da importância das linhas de crédito, muitos empresários ainda enfrentam obstáculos para acessar esses recursos. Um dos principais desafios é a exigência de garantias reais, um fator que pode dificultar a obtenção de financiamento para aqueles que não possuem ativos suficientes para oferecer como garantia. Além disso, muitos empresários acabam recorrendo a linhas de crédito rotativas com juros elevados, o que compromete o fluxo de caixa e coloca a empresa como refém de um ciclo financeiro constantemente desfavorável. As exigências em relação a avalistas também representam uma barreira, tornando o crédito de menor custo inacessível para algumas empresas.
Para superar esses desafios, é fundamental que os empresários conheçam as opções de crédito disponíveis no estado. A GoiásFomento, agência de fomento do governo estadual, oferece diversas linhas de crédito com condições diferenciadas. Por exemplo, o “GoiásFomento Investimento VIP – IMCF” possui taxas a partir de 1,53% ao mês, prazo de até 60 meses e carência de até 12 meses, com limite de financiamento de R$ 400 mil. Além disso, há linhas específicas para capital de giro, como o “GoiásFomento Giro VIP – IMCF”, com taxas a partir de 1,61% ao mês, prazo de até 36 meses e carência de até 3 meses, com limite de R$ 300 mil.
Outra opção é o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que oferece condições diferenciadas, como taxas de juros mais baixas que as do mercado, prazo de pagamento mais longo e carência maior, beneficiando empreendedores que buscam expandir seus negócios na região.
Diante desse cenário, contar com assessoria especializada para estruturar um financiamento adequado às necessidades do negócio faz toda a diferença. A busca por condições mais vantajosas, aliada a um planejamento financeiro eficiente, é essencial para que as empresas goianas aproveitem o crédito de forma estratégica, impulsionando seu crescimento e fortalecendo a economia do estado.
O desenvolvimento sustentável de Goiás depende da capacidade dos empresários de acessar os recursos certos para expandir seus negócios. As linhas de crédito, quando bem utilizadas, não são apenas uma solução emergencial, mas sim um instrumento poderoso para a construção de um mercado mais robusto e competitivo.






