Técnicas modernas como FUE garantem resultados naturais e impulsionam a procura por parte de homens e mulheres. Especialista, Dra. Tatiana Tournieux, explica quem pode fazer e o que esperar do procedimento.
A busca por transplante capilar nunca esteve tão em alta no Brasil. O que antes era visto com desconfiança ou associado apenas a calvície masculina, hoje se consolida como uma solução eficaz para diferentes tipos de queda de cabelo — e com resultados naturais que impressionam.
Segundo a cirurgiã plástica Dra. Tatiana Tournieux, especialista em restauração capilar, o procedimento passou por uma revolução nos últimos anos. “Hoje temos técnicas muito mais modernas, que entregam resultados harmônicos e praticamente imperceptíveis. Isso quebrou o estigma que existia em torno do transplante capilar”, explica.
A médica destaca que a maior motivação dos pacientes vai além da estética. “A perda de cabelo afeta diretamente a autoestima. Muitos chegam ao consultório com vergonha da própria imagem. Quando veem os fios voltando, recuperam também a confiança e o bem-estar emocional”, diz Tatiana.
A procura tem aumentado entre homens jovens, que querem corrigir falhas precoces, e mulheres com rarefação capilar — muitas vezes causada por fatores hormonais ou genéticos. Pacientes transgêneros e pessoas que sofreram traumas ou queimaduras também têm recorrido ao procedimento.
A técnica mais procurada atualmente é a FUE (Follicular Unit Extraction), que consiste na retirada individual dos folículos da área doadora — geralmente a parte posterior da cabeça — e reimplantação fio a fio na área calva ou falhada.
“O grande diferencial dessa técnica é que a cicatriz para a retirada, praticamente inexiste na área doadora, já que são pontuais, e a técnica fio a fio garante naturalidade. Respeitamos a direção e a inclinação dos fios, o que garante um resultado estético muito próximo ao cabelo original”, afirma a médica.
Além disso, a recuperação é rápida e sem cicatriz linear visível, o que permite ao paciente retornar à rotina em poucos dias.
Apesar dos avanços, nem todos são candidatos ideais ao transplante.
Segundo Dra. Tatiana, o procedimento só deve ser feito após avaliação médica criteriosa.
“Se o paciente ainda está em fase ativa de queda, o ideal é tratar primeiro essa causa com medicamentos, suplementos ou terapias específicas. Fazer o transplante sem controlar a queda pode comprometer o resultado”, alerta.
Outro fator importante é a disponibilidade de área doadora — ou seja, ter fios suficientes e saudáveis para serem transferidos para a área receptora.
O Brasil, referência mundial em cirurgia plástica, também se destaca em inovação no campo da restauração capilar. A Dra. Tatiana Tournieux é uma das médicas que combinam o transplante com abordagens complementares, como a microestimulação capilar, que estimula o crescimento dos fios e melhora a saúde do couro cabeludo.
“O tratamento não termina na cirurgia. Envolve acompanhamento, hábitos saudáveis e, muitas vezes, terapias associadas. Cada caso é único e precisa de um plano personalizado”, explica.
De acordo com a International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS), o número de transplantes capilares no mundo aumentou mais de 150% na última década. O Brasil está entre os cinco países que mais realizam o procedimento.






