Quebrar barreiras e construir pontes, fortalecer laços entre Brasil e o Continente Africano são pilares da 2ª ediçãodo FESTIVAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA, que será realizado nos dias 18, 19 e 20 de novembro, no Teatro Prudential, na Glória, em comemoração ao mês da Consciência Negra. Com o patrocínio da Bayer e apoio da Europ Assistance, o evento conta com a curadoria do Teatro Prudential / Instituto Evoé através da curadora Maria Siman.
Devido ao sucesso da primeira edição, realizada em 2021, neste ano o festival ganhou mais espaço e uma programação ainda mais abrangente, com três dias de atividades divididas entre literatura africana, música, teatro, estande com venda de produtos confeccionados por artistas artesãos pretos. Participam desta edição artistas e intelectuais negros do Brasil e África, como o escritor e palestrante angolano João Canda, Paulo Chavonga (Angola), Sunny (Nigéria), o cantor e músico Mû Mbana (Guiné-Bissau), o compositor e intérprete Dog Murras (Angola), atriz e apresentadora de TV Celma Pontes (Angola) e acantora Sandra Sá, atração do primeiro dia do festival.
Celebrado em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra é uma data de reflexão sobre a luta dos negros contra a opressão e as implicações do racismo no Brasil de hoje. Mas, para entender nosso presente e construirmos um futuro com oportunidades iguais, é preciso conhecer o passado. E o passado do povo negro, claro, está na África. “Buscamos trazer ao público a força e a extraordinária potência da arte e da cultura produzidos pela comunidade afrodescendente brasileira e por artistas e pensadores africanos. Uma programação diversa, contemplando uma pluralidade artística em três dias de intensas atividades ocupando todos os espaços do Teatro Prudential”, antecipa Maria Siman.
Com atividades para todas as idades, o 2º Festival da Consciência Negra apresentará a peça infantil “ O Pequeno Herói Preto”, idealizada e encenada pelo ator Júnior Dantas sob a direção de Cristina Moura e Luisa Loroza. Também no teatro, o público adulto terá “Negra Palavra – Solano Trindade”, encenado por 10 atores negros com direção de Renato Farias. Nas telonas, o filme ““Mutu Mbi”, direção de Levis Albano, integra a programação, que ainda contará com palestras, workshops, feira de livros com sessão de autógrafos, além de degustação de comidas típicas da riquíssima e variada culinária africana.
Embora o Dia da Consciência Negra seja fundamental para evidenciar as desigualdades e violência contra a população negra em nossa sociedade, a Ocupação LiterÁfrica no festival visa realçar o papel dos escritores e artistas africanos nessa data não só de reflexão sobre o racismo, mas também fundamental para a elevação da autoestima do povo brasileiro por meios de ações artísticas, culturais e educacionais do povo que legou ao Brasil uma cultura diversa e rica.
“A Ocupação LiterÁfricanasceu da necessidade de apresentar a verdadeira história africana, uma África que não é lida e nem é contada no Brasil e, quando é contada, é sempre pelo olhar eurocêntrico, uma visão distorcida da realidade. Participar deste projeto pela primeira vez no Rio de Janeiro é muito gratificante e de extrema responsabilidade. Nós, africanos, temos um papel a cumprir nesta luta”, conclui o responsável pela Ocupação, o escritor João Canda.
“Como uma empresa de origem alemã de ciências da vida pode ter influenciado a percepção de uma mulher negra sobre ela mesma? Como mulher negra e advogada tributarista, adoro responder essa pergunta para mim mesma. Foi graças às rodas de conversa que o BayAfro promove (chamamos de AfroTalks), que eu descobri que a Catedral da Sé foi projetada por uma pessoa preta. Foi nessas conversas que eu descobri diversos cientistas negros. Descobri a comida, música e cultura da África. E isso me trouxe empoderamento, segurança e mais autoestima. Conhecer nossa cultura e nossa história é chave para destravar nossa força e movimentar as estruturas desse país. Só tenho a agradecer a Bayer por incentivar inciativas como essa do Instituto Evoé, compreendendo o presente e lutando pelo futuro da sociedade! ” – Verônica Magalhães – Advogada Tributarista na Bayer Brasil.
Sobre o Instituto LiterÁfrica – parceiro da segunda edição do Festival
Sob iniciativa do escritor, produtor cultural, palestrante e consultor editorial João Canda, angolano que chegou no Brasil em 2014 como refugiado, o Instituto LiterÁfrica foi criado há sete anos e, desde sua fundação vem contribuindo na promoção da cultura africana no Brasil por meio da literatura e de outras manifestações culturais – uma necessidade que o Brasil e o mundo vêm sentindo.
A instituição vem promovendo programas e projetos de capacitação para professores; palestras em escolas públicas e privadas; organização e participação em feiras literárias; conferências, edição e lançamentos de livros de escritores africanos; e diálogos sobre questões raciais e valorização da cultura negra, incentivo à leitura de obras de literatura africana e conhecimento de suas diversas culturas – dança, música, cinema e teatro – sob um olhar filosófico real, educacional, artístico e cultural africano.
Sobre a primeira edição do Festival da Consciência Negra
Realizada em 2021, a primeira edição do projeto teve apenas um dia de programação no Teatro Prudential, contando com a participação de nomes como Jessica Ellen, Rodrigo França, Grupo AfroReggae e Verônica Bonfim. Durante todo o dia, a primeira edição do festival deu visibilidade a pensamentos de artistas e intelectuais apresentando o melhor da arte e da cultura criadas, pensadas e produzidas por negros. Dentre as atividades, roda de conversa, apresentações de três grupos de dança de ritmos africanos, show da cantora e atriz Jessica Ellen e a peça “O Encontro de Malcom X e Martin Luther King”, com Rodrigo França.
SERVIÇO
Sandra Sá (show) – Data: 18 de novembro – Horário: 20h30 – Ingressos: Plateia A – R$ 90 (inteira) | Plateia B – R$ 60 (inteira) – Lotação: 359 lugares – Classificação: 12 anos – Duração: 75 minutos
Com personalidade marcante e timbre de voz singular, Sandra Sá mistura ritmos – MPB, soul, samba e funk – num show em que canta clássicos do seu repertório, como “Olhos coloridos”, “Retratos e canções”, “Vale tudo”, “Joga fora” e” Bye bye tristeza”.
Ocupação Literáfrica
Data: 18, 19 e 20 de novembro
Os eventos com venda de ingresso serão:
Show Mû Mbana: R$ 60 (inteira) com participação especial do compositor e intérprete angolano, Dog Murras.
Literatura em África (palestras): R$ 30 (inteira)
Lotação: 359 lugares
Classificação: livre
Participam de Ocupação LiterÁfrica artistas e escritores africanos como João Canda (Angola), Paulo Chavonga (Angola), Sunny (Nigéria), Mû Mbana (Guiné-Bissau). As participações estendem-se por outros escritores que estarão presentes por meio de suas obras na Feira de Literatura Africana e Afro-brasileira, como Dina Salústio (Cabo Verde), Paulina Tchiziane (Moçambique), Tânia Tomé (Moçambique), R. S. Asobo (Camarões), Edilson G. Ferreira (Guiné-Bussau), Gilbert Kpossoubo (Benin), Moustafa Assem (Egito), Celma Pontes (Angola), Dog Murras (Angola), e tantos outros nomes e “obras que falam de uma África gloriosa, da nossa cultura, das nossas tradições de forma orgulhosa”, revela Canda.
“O PEQUENO HERÓI PRETO” – Espetáculo infanto-juvenil
Data: 20 de novembro – Horário: 16h – Ingressos: Plateia A – R$ 60 (inteira) | Plateia B – R$ 50 (inteira) – Lotação: 359 lugares Classificação: Livre – Duração: 45 minutos
Representatividade importa. A frase que tem se repetido ultimamente reforça a criação do espetáculo infanto-juvenil “O Pequeno Herói Preto”, contando a aventura de Super Nagô, um youtuber de 10 anos que descobre seus poderes por meio de sua família. O personagem é interpretado por Junior Dantas, que assina o texto com Cristina Moura, responsável também pela direção ao lado de Luiza Loroza. Na trama, Super Nagô usa os conhecimentos de seus antepassados e da natureza para transformar positivamente a vida das pessoas ao seu redor, apresentando a história, a cultura e a ancestralidade negras. As músicas originais foram compostas por Muato, responsável também pelas direção e produção musicais.
“NEGRA PALAVRA – SOLANO TRINDADE”
Data: 20 de novembro Horário: 20h – Ingressos: Plateia A – R$ 60 (inteira) | Plateia B – R$ 50 (inteira)Lotação: 359 lugares Classificação: 12 anos – Duração: 60 minutos
A vida e obra do poeta pernambucano Solano Trindade (1908/1974). Solano é poesia, é corpo negro, é militância, é potência e é amor. Na contramão dos estereótipos criados para objetificar e discriminar os homens negros, o espetáculo recupera a trajetória do poeta trazendo para a cena suas múltiplas vivências.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
18/11 – “Show Sandra de Sá”, às 20:30 – Classificação etária 12 anos- Interno – Pago.
19/11 – Histórias Africanas: Contar, cantar e Ensinar | palestras e roda de conversa, às 11h – Classificação Livre – Interno – Grátis.
19/11 – “Artes Plásticas e Representação Negra”, às 11h – Classificação Livre – Interno – Grátis.
19/11 – Almoço: Comidas Típicas Africanas, às 12:30 – Classificação Livre – Espelho D’água Pago
19/11 – “Literatura em África: Aspectos fundamentais, diversidade etnolinguística, cultura e experiências práticas”, às 14h – Classificação Livre – Interno – Pago
19/11 – Filme “Mutu Mbi” e Bate-papo com a atriz principal e elenco Livre Interno às 14h Gratuito
19/11 – Bate-papo: Pensar África e Sessões de Autógrafos de livros de autores africanos, às 18:10 – Classificação: Livre – Espelho D’água – Grátis.
19/11 –Show “ Mû Mbana”, com participação especial do compositor e intérprete angolano Dog Murras, às 20h – classificação: Livre – Local Interno – Pago.
20/11 – Teatro “O Pequeno Herói Preto” – às 16h – Classificação: Livre – Local Interno – Pago.
20/11- Teatro “Negra Palavra/Solano Trindade”- às 20h – Classificação 12 anos Local Interno – Pago.
PROGRAMAÇÃO EXTRA – FESTIVAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA
16, 17 e 18/11 às 15h – Workshop de Ritmos e Músicas da GuinéBissáu – Classificação livre Livre- Sala de Ensaio – Pago
17, 18 e 19/11 – O dia todo Loja Parceria Carioca Livre Espaço do Condomínio Gratuito 17, 18 e 19/11 – O dia todo Feira de Literatura Africana Livre Foyer – Grátis.
Instituto LiterÁfrica, representado pelo angolano João Canda, fundador e diretor da instituição